Ora, a fé é o firme
fundamento das coisas que se esperam, e a prova das coisas que se não vêem. Hb 11:1
A
fé pela fé é fé morta, a fé viva é a fé em Deus. Porque Ele
promete, se compromete, e nos favorece. Mas isso não significa que tenhamos de
deixar de fazer a nossa parte. Vê aquilo que desejamos antes de acontecer, não
anula o trajeto de ninguém até que seja alcançado o alvo. É na trajetória
daquilo que desejamos que podemos afundar ou não.
Um
bom exemplo disso está em Mt 14:28-31 que diz: E respondeu-lhe Pedro, e disse:
Senhor, se és tu, manda-me ir ter contigo por cima das águas. E ele disse: Vem. E Pedro descendo do
barco, andou sobre as águas para ir ter com Jesus. Mas, sentindo o vento forte,
teve medo; e, começando a ir para o fundo, clamou dizendo: Senhor salva-me. E
logo Jesus, estendendo a mão, segurou-o, e disse-lhe: Homem de pouca fé, porque
duvidaste?
Jesus
garantiu que ele andaria sobre as águas e ele andou, é sempre assim ele garante
a nossa vitória, mas nós temos que fazer a nossa parte, pois a fé sem obra é
morta. O que atrapalhou Pedro? O que estava na sua trajetória da saída do barco
até Cristo? No caso dele foi o vento. Não estamos sozinhos na busca daquilo que
queremos Jesus nos garante a vitória.
Na
parábola do amigo importuno ele diz que o homem que incomodou o amigo recebeu o
que queria por causa da persistência e termina dizendo assim: Pedi e
dar-se-vos-á buscai, e achareis, batei, e abrir-se-vos-á; porque qualquer que
pede recebe; e quem busca acha; e quem bate abrir-se-lhe-á (Lc 11:10).
No exercício da fé não podemos deixar que os
obstáculos que enfrentamos durante a trajetória daquilo que queremos possa nos
intimidar. Porque se deixarmos que os ventos, as muralhas, os gigantes, as
tempestades, o vale da sombra da morte, ou qualquer outro tipo de adversidade
nos intimidem, com certeza afundaremos como Pedro afundou.
O
que você diria para Jesus depois que ele respondesse dessa forma ao seu pedido
de socorro? Não é bom pegar no pão dos filhos e deitá-lo aos cachorrinhos. Ou o
que diria para Jesus se o procurasse dizendo: Senhor, o meu criado jaz em cãs
paralítico, e violentamente atormentado. E Jesus lhe respondesse dizendo: Eu
irei, e lhe darei saúde.
São
duas situações diferentes, mas que nos mostra duas posturas iguais, o
reconhecimento da autoridade de Jesus e a humildade diante do Rei dos reis.
A
primeira a impressão que temos é que Jesus trata com indiferença a mulher Cananéia,
já a segunda ele se prontifica a resolver o problema imediatamente e se oferece
para ir até o local. Em todas
as duas situações tanto a da mulher Cananéia, como do centurião de Cafarnaum
teve uma trajetória. Em ambos os casos a petição foi pelo próximo, a da mulher
sua filha estava miseravelmente endemoninhada e a do centurião o seu criado jazia
em cãs paralítico, e violentamente atormentado.
Jesus
foi o alvo deles para resolver seus problemas, na trajetória da mulher
Cananéia, sua adversidade maior foi o próprio Jesus com a resposta que ele deu
a ela, mas ela não se intimidou e respondeu-lhe da seguinte forma: Sim, Senhor,
mas também os cachorrinhos comem das migalhas que caem da mesa dos seus
senhores.
Já
o centurião disse: Senhor, não sou digno de que entres debaixo do meu telhado,
mas dize somente uma palavra, e o meu criado sarará (Mt 8:8).
De
que maneira você tem se apresentado a Jesus no exercício da sua fé? Você é
daqueles que encosta Jesus na parede dizendo que não aceita nenhum tipo de
tribulação ou você é do tipo que reconhece que mesmo as migalhas do pão da vida
são suficientes para nos dar vitória naquilo que queremos, e que por reconhecer
que somos pecadores, e indignos de está na sua presença, crê que uma única
palavra sua é suficiente para nos ajudar e salvar?
Que
resposta você quer ouvir de Jesus no exercício de sua fé na busca dos seus
objetivos: O que Pedro ouviu: Homem de pouca fé, por que duvidaste? O que a
mulher Cananéia ouviu: Ó mulher! Grande é a tua fé seja isso feito para contigo
como tu desejas. Ou o que o centurião de Cafarnaum ouviu: Vai como creste te
seja feito.
Na
estrada que no conduz ao objetivo que vemos com os olhos da fé, é semelhante a
uma cordilheira, cheia de armadilhas e perigos, para ultrapassá-la precisamos
pedir para receber, buscar com sabedoria o que não vemos para achar, e bater
com esperança convicta para encontrar.
Em
Js 1:2 está escrito: Moisés, meu servo, é morto levanta-te pois agora, passa
este Jordão, tu e todo este povo, à terra que eu dou aos filhos de Israel. Deus
promete e cumpre com a sua palavra, mas ele não garante que nós não vamos ter
que enfrentar obstáculos durante a trajetória daquilo que desejamos, tanto é
que ele diz para Josué: Não to mandei eu? Esforça-te, e tem bom ânimo; não
pasmes, nem te espante porque o Senhor teu Deus é contigo, por onde quer que
andares (Js 1:9).
A
persistência demonstra a firme determinação de se alcançar um fim desejado ao
mesmo tempo evidencia a fé que prevalece contra todos os obstáculos No cantor
cristão tem um hino chamado “Firmeza” que diz em sua segunda estrofe: Se lhe
não posso a face ver, Na sua graça eu vou viver; Em cada transe sem falhar,
Sempre hei de nele confiar. A minha fé e o meu amor, Estão firmados no Senhor,
Estão firmados no Senhor. Amem!
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