O caminho dos
ímpios é como a escuridão; nem sabem em que tropeçam. Pv 4:19
São três horas da madrugada estou sentado na mesa de um bar em frente à
casa da luz vermelha. Depois de algum tempo, observo uma silhueta feminina se
deslocando na minha direção. Uma bela mulher com traje convidativo e um corpo
que dita o padrão do nosso tempo.
Pedi um refrigerante e ela mesmo sem
que eu a convidasse sentou-se na mesa e depois que sentou perguntou se podia me
fazer companhia. Acenei dizendo que sim em seguida abri o refrigerante e entornei
a metade no copo pedi licença e disse que ia ao banheiro rapidinho.
A minha mesa ficava num canto afastada das demais mesas do restaurante.
Sair deixando a metade do refrigerante entornada no meu copo. Antes de entrar no
banheiro parei atrás de uma coluna e fiquei observando a atitude daquela loira.
Sem mais nem menos ela olhou para um lado e para o outro e em seguida abriu a
sua bolsa e retirou uma pequena embalagem e entornou no meu copo.
Me contive e não disse nada. Fingi que não tinha visto. Depois de algum
tempo voltei para mesa e com um sorriso de inocente disse: oi tudo bem com
você? Ela disse sim tudo bem. E disse: agora quem vai ao banheiro sou eu daqui
a pouco eu volto. Pegou a sua bolsa e se levantou. Observei seus passos e vi
realmente que ela tinha entrado no banheiro. Aproveitei aquele momento para
fazer a troca dos conteúdos.
Chamei o garçom e pedi outro copo, ele prontamente trouxe em seguida o
que estava ainda no refrigerante eu entornei no novo copo e o que estava no meu
primeiro copo eu entornei no refrigerante, como o refrigerante era de latinha não tive
nenhuma dificuldade. Depois eu pedi ao garçom uma porção de batata frita.
Quando ela voltou eu estava comendo batata frita e tomando refrigerante.
Ela se sentou a mesa e ficou me olhando. Eu falei: fique a vontade pode se
servir e disse: garçom, por favor, me traga outro copo. Ele trouxe e entregou a
ela que rapidamente entornou no copo. Em seguida começou a beliscar as batatas
fritas.
Perguntei-lhe seu nome e ela me respondeu e disse: Margarete! Depois ela
perguntou o meu e lhe disse: Gaudério! Aos
poucos ela experimentava do próprio veneno enquanto beliscava as batatas
fritas. Eu a observava esperando o momento em que a droga começasse a fazer
efeito. Ela também estava apreensiva esperando a mesma coisa.
Eu puxei conversa e disse-lhe: Você sabe o significado do seu nome? Ela
disse não. Eu lhe respondi e disse: “Cinderela”. Como a gente pode ver realmente
você é uma princesa. Ela sorriu e disse: obrigado! E em seguida ela me convidou
para irmos numa praça que fica próximo de onde a gente estava. Eu respondi e
disse: vamos!
Saímos do restaurante atravessamos a rua e sentamos em um dos bancos da
praça escolhido estrategicamente por ela. Era um banco afastado dos demais e
com pouca luminosidade. Ela olhou para mim e disse: você não é de se jogar fora
e já que eu sou uma princesa como você disse eu o presenteio com os meus
encantos se você quiser. Eu a abracei e pra minha surpresa ela começou a dormir
em meus braços. O efeito da droga começou.
Coloquei-a deitada com muito cuidado no banco da praça peguei a sua
bolsa e em seguida escrevi um bilhete dizendo: Boa noite cinderela! Já ouviu o ditado
que diz: Quem com ferro fere, com ferro será ferido. Você é uma cinderela do
inferno e eu sou Gaudério que tem como sinônimos as seguintes palavras: ocioso,
larapio vadio e vagabundo. Durma bem meu
bem porque o que era seu agora é somente meu. Tchauzinho!
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