O
galo do meu vizinho sempre canta quinze pra três,
Mas
pra quem levanta as cinco tira o sono de uma vez.
Fui
falar com o responsável o vizinho que mora ao lado,
Que
tem fama de brigão e da cachaça não abre mão,
E
gosta de andar armado com uma faca e um facão.
Ouviu-me
atentamente sem ligar muito pro caso,
E
disse já resmungando: homem esqueça o meu galo!
Preparei
o plano B pra me livrar desse enfado.
Perguntei
ao seu brigão qual era o valor do galo?
Ele
olhou-me meio de lado com uma cara de invocado,
E
mim disse bote o seu preço pra ver se eu me agrado.
Eu
botei vinte mirreis pra ver se fechava esse caso,
Mas
ele sem alegria me disse: por menos de cinqüenta eu não abro,
Achei
o preço absurdo, mas era a solução pro meu caso.
Resmungando
eu lhe paguei e logo me passou o galo,
O
penoso eu cozinhei e feliz o degustei e disse: caso encerrado!
Logo
depois viajei pra descansar do trabalho,
Tirei
férias em Aracaju, pois lá nasci e fui
criado,
Retornei
um mês depois com as lembranças do passado.
Ao
chegar à estação com o vizinho me deparei com as malas,
Pronta
na mão e a família do seu lado,
Perguntei-lhe
que é isso homem! Ta partindo pra outro lado?
E
ele sorrindo me disse: to voltando pra Umbuzeiro vendi a casa e o Carro.
Depois
que me despedi sair em busca de um taxi
No
trajeto pensando sorri nunca mais ouvirei outro galo.
Ao
chegar ao meu portão satisfeito desci do taxi,
Mas
algo me chamou a atenção na frente da casa do lado,
Uma
placa escrita dizia: granja do galo dourado.
Nenhum comentário:
Postar um comentário