De cobertor de celulose,
Na madrugada de cada dia,
Com papelão sob a cabeça,
Que causa dor na minha espinha,
Cada noite eu vou vivendo,
Como se fosse o ultimo
dia.
Na hora de ruminar os
fatos,
Relembro com grande pesar,
E busco a misericórdia,
Com a esperança de
encontrar.
Mas os fatos não se
alteram,
Os monstros continuam lá,
Sentir no intimo da alma,
A frieza do seu olhar.
O vento toca o meu rosto,
E o corpo geme e diz: Aí
Vozes ameaçam na noite,
Com lança-chamas no olhar.
Bem longe eu ouço um
gemido,
Suplicando por um lugar,
É a sirene da ambulância,
Correndo pra vida
salvar.
Essa sinfonia noturna,
Sem regente é o sonífero,
Que provoca e embala o
sono,
Na noite de um mendigo.
Onde é que eu estou?
Aqui não é o meu lugar!
Fito os olhos nas
estrelas,
Procurando encontrar,
A casa da misericórdia,
Para eu poder mudar pra
lá.
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