Porque
o amor ao dinheiro é a raiz de toda a espécie de males; e nessa cobiça alguns
se desviaram da fé, e se traspassaram a si mesmos com muitas dores. 1Tm 6:10
A verdade a mentira e a consequência foram incumbidas
de levar um carregamento de ouro num trajeto que pra ser alcançado demoraria um
mês por regiões perigosas infestadas de salteadores. Para chegar lá eles teriam
que enfrentar as três tentações que são ignoradas e quase imperceptível aos
olhos dos distraídos. São elas: a concupiscência da carne, ou seja, o uso do
prazer sexual como único sentido da vida a soberba o orgulho que vem com as
poses e realizações e a concupiscência dos olhos o desejo imoderado de possuir
bens materiais.
Durante o trajeto eles só se preocuparam com os
inimigos externos aqueles que poderiam se apossar pela força do carregamento do
ouro mesmo eles estando bem protegidos por uma guarnição de soldados bem
preparados para essa missão. Durante a primeira noite ao pé da fogueira os três
conversavam descontraidamente sem se preocupar com a segurança que ficava sob a
responsabilidade do comandante e dos demais soldados.
Foi quando a mentira disse para a verdade e pra
conseqüência: vem cá vocês dois fala serio se esse carregamento de ouro fosse
nosso a gente ficaria bem na fita né verdade? Com certeza disse a verdade! Já a
conseqüência disse: isso depende! Depende de que disse a mentira. Não dá pra
ficar imaginando uma coisa que não está ao nosso alcance, esse carregamento de
ouro foi fruto de muitas batalhas muitas vidas foram perdidas por causa dele.
Mais uma vez a verdade confirmou dizendo: ele tem razão.
A mentira
disse: pense bem em quantas mulheres a gente poderia ter as posses e as
realizações pessoais, teríamos também poder para comprar tudo àquilo que
desejamos. A consequência disse: é desse jeito que você gastaria uma fortuna
como essa? A mentira respondeu: claro é pra isso que o dinheiro serve ele foi
feito pra se gastar. A verdade não concordou e disse: desse jeito você não
demoraria muito tempo para ficar pobre de novo. De repente o silencio foi
interrompido pela voz do comandante que disse: inimigo a vista vamos ser
atacado protejam-se.
Travou-se uma batalha até o dia clarear sem
interrupção quando em fim o sol raiou e o combate cessou o que se viu foi vários
corpos estendidos abatidos pelos salteadores. O comandante ainda vivo com uma
dezena de homens ainda mantinha o carregamento de ouro protegido e falou: vejam
como estão as nossas provisões? O soldado respondeu dizendo: quase nada
comandante eles nos saquearam e ainda entornou toda a nossa água. O comandante
disse:
Temos que sair daqui o mais depressa possível antes
que eles voltem precisamos encontrar água e alguma coisa para comer. A mentira
olhou para a verdade e para a consequência e disse: e agora! Estão preparados
para morrer? Respondeu a verdade: não mais enquanto estivermos vivos temos que
completar a nossa missão. Sabendo da fragilidade do momento porque o que sobrou
da guarnição não tinha como enfrentar os salteadores o comandante chamou a
todos e disse:
Nós só temos um vagão com o ouro os outros dois estão
vazios estou falando isso porque eu não sei o que vai acontecer com a gente
quando formos atacados pelos saltadores dessa região se alguém sobreviver já
sabe onde está o ouro no terceiro vagão. Mal ele acabou de falar uma flecha
atravessou o seu pescoço e ele caiu e morreu em segundos os salteadores
atacaram o resto da guarnição num combate corpo a corpo enquanto isso a mentira
a verdade e conseqüência esconderam-se atrás de uma rocha e ficaram vendo o
conflito de longe. Foi quando a mentira teve uma idéia e disse:
Vamos aproveitar enquanto eles estão lutando e vamos
ao vagão que estão o tesouro e tirar algumas barras e levar para o primeiro
vagão e colocar em um baú cheio de bugigangas por baixo e as barras de ouro por
cima. Vamos fazer duas camadas com as barras porque quando eles descobrirem vão
tirar apenas as de cima quando eles virem que tem mais por baixo não vão
procurar mais vamos fazer isso em um baú com isso eles vão embora pensando que
levou o ouro todo. Foi quando verdade perguntou:
E o resto do ouro que tem lá o que faremos com ele? A
mentira disse: o vagão é grande com certeza vamos achar algum lugar por lá.
Enquanto a batalha estava sendo travada com o resto da guarnição dos soldados
responsável pelo ouro os três aproveitaram e entraram no vagão que estava o
ouro e depressa colocaram o plano em ação pegaram seis barras de ouro colocaram
numa sacola e um deles levou para o primeiro vagão esvaziou um pouco baú que
estava cheio de bugigangas pra enganar os ladrões e colocou as barras de ouro
por cima em seguida cobriu com uma capa que estava lá enquanto isso a mentira e
a verdade que ficaram no outro vagão esconderam todo o ouro no fundo falso do
vagão e em seguida saíram e se esconderam e ficaram olhando a luta do resto da
guarnição que era responsável pelo ouro.
Eles foram abatidos até o ultimo homem. Em seguida o
líder dos salteadores disse: vasculhem tudo a informação que eu tive é que eles
estavam transportando ouro achem esse ouro. Entraram nos três vagões e
reviraram tudo foi quando os que estavam no primeiro vagão disse: achei chefe
ta aqui um baú cheio de ouro venha ver. O líder dos salteadores subiu no vagão
e afastou só as primeiras barras de ouro quando viu as de baixo vibrou em alto
e bom tom dizendo:
Vamos embora homens a informação estava correta o ouro
é nosso esqueçam os outros vagões só nos interessa esse. Era tudo o que a
mentira a verdade e a consequência queriam ver eles irem embora levando apenas
seis barras de ouro. Mais do que depressa eles subiram no vagão e a conseqüência
disse: vamos sair o mais depressa daqui porque quando eles descobrirem virão
com tudo em busca dos outros vagões. A verdade assumiu as rédeas e conduziu o
vagão na direção do destino da entrega.
Foi quando a mentira disse: ei amigo para onde você ta
indo? Para o lugar da entrega do ouro. Ele disse: vêm cá meus amigos, por
favor. Escutem bem! Nós ganhamos uma miséria e essa é a hora de mudar a nossa
vida temos ai ouro pra todo mundo vamos dividir e cada uma siga seu rumo. A
consequência foi contra assim como a verdade e sendo assim a maioria venceu e a
mentira foi obrigada a seguir com o plano de entregar as barras de ouro no
destino reservado.
Após andarem por um bom tempo avistaram um córrego com
água corrente desceram mataram a sede mergulhando de roupa e tudo dentro da
água em seguida deram de beber aos animais que puxavam o vagão encheram os
cantis mais ao saírem do córrego foram surpreendidos pela mentira que sem mais
e sem menos cravou um punhal no abdome da verdade matando-o sem dó e piedade e
disse pra consequência com a espada apontada no seu pescoço: eu não vou perder
essa oportunidade que o acaso me deu você já ouviu aquele ditado que diz:
A ocasião faz o ladrão, pois é ela me fez e eu não vou
perder essa oportunidade você vem comigo? A conseqüência corajosamente disse:
não! E disse mais: você não conseguirá escapar mesmo matando nós dois. A
mentira falou porque não? Porque nós somos imortais somos gêmeas siamesas
quando a verdade ressuscita a consequência vem com a sentença já você tem a
perna curta logo, logo o alcançaremos é só uma questão de tempo. A mentira
disse:
Imortais era só o que me faltava, ao dizer isso cravou
a espada no abdome da consequência sem um pingo de piedade depois subiu no
vagão e partiu dali com o ouro deixado os dois pra comida dos abutres. Após
esconder todo o ouro num lugar seguro voltou para o castelo de onde saiu e
disse o que havia acontecido com o ouro e com todos os que estavam com ele nessa
missão, o rei não se contentou com a resposta dele e mandou uma patrulha
averiguar o que aconteceu na volta ele confirmou tudo o que a mentira tinha
falado ele encontrou corpos já estado de decomposição espalhados pelo chão e
mesmo assim eles trouxeram alguns corpos que ainda podiam se sepultado com
dignidade e entre eles estavam os corpos da verdade e da consequência.
Quando um soldado olhando pra mentira disse: veja aqui
os corpos dos seus amigos. Ao ver eles naquele estado a mentira chorou copiosamente
como se não fosse ele que tinha
assassinado os dois. Em seguida o rei perguntou a mentira: quem fez
isso? Ele respondeu que tinha sido os salteadores que moram nas montanhas. O
rei disse: vamos elaborar um plano para recuperar o nosso ouro vamos caçar esses
ratos onde eles estiverem.
Após o sepultamento dos corpos trazidos pelos soldados todos foram para casa. Quando se passou dois anos do ocorrido a mentira já bem estabilizada vivendo do ouro roubado do vagão recebeu a noticia que um dos seus empregados morreu gentilmente pagou as despesas do funeral e foi com a família no dia do sepultamento ao chegar no cemitério ele procurou apenas com o olhar o lugar onde a consequência e a verdade tinham sido sepultados. Não achando perguntou ao coveiro que disse: olhe ali são aquelas. Quando ela olhou disse:
mas aquelas sepultura estavam com a terra toda removidas dando a impressão de
que quem estava ali tinha ressuscitado. Foi quando o coveiro confirmou dizendo
é verdade elas ressuscitaram isso é muito comum por aqui e disse mais é
impossível manter a verdade e a consequência sepultadas um dia elas sempre vem
a tona olhem elas ali acabaram de entrar no cemitério. Quando a mentira olhou
para conferir viu entrando no cemitério um grupo de militares que veio na sua direção
e disse:
Você está detido por ordem do rei nos acompanhe. O
coveiro vendo aquela situação disse: eu não falei que a verdade e a
consequência sempre vem a tona não tem como sepultá-las para sempre. A mentira
abaixou a cabeça e acompanhou os militares que o levaram a presença do rei que
disse: onde estão as barras de ouro que você roubou? Eu não sei quem levou
foram os salteadores.
Você está mentindo fique sabendo que nós prendemos um
dos salteadores ele disse que no baú que eles pegaram só tinha seis barras de
ouro o que estava por baixo delas era só pra fazer volume e quando eles
voltaram para vasculhar os dois vagões só tinha um e não tinha nenhum ouro
dentro agora como você me explica a sua chegada aqui com um dos vagões sem
nenhum ouro? A mentira disse: eu não podia sair de lá a pé peguei um dos vagões
e fugir de lá.
Então o rei falou: levem-no para masmorra e clareie a
memória dele com chicotadas vamos ver se ele vai falar ou não. Os soldados
obedecerão ao rei e conduziu a mentira ao local indicado tiraram as suas roupas
e o chicotearam sem dó e piedade até que ele confessou tudo. O rei confiscou
todos os seus bens e mandou enforcá-lo e assim que o carrasco colocou a corda
no seu pescoço o padre se aproximou da mentira e perguntou: meu filho todo
condenado tem direito a um ultimo desejo você gostaria de falar alguma coisa?
Sim padre respondeu a mentira.
Então fale meu filho! Ele disse: o coveiro disse que é
impossível sepultar a verdade e a consequência por muito tempo porque ela
sempre vem a tona, o que eu quero dizer com isso é que com a mentira é muito
mais impossível ainda. Como assim meu filho? Perguntou o padre. É que pra
sepultar a mentira seria necessário sepultar todos vocês e como vocês vão me sepultar
se eu ainda estou em vocês no dia a dia nas menores e nas mais complexas
escolhas que vocês fazem? Perguntou a mentira ao padre que permaneceu em
silencio. E disse mais: e isso não é de
agora estou em vocês desde o Jardim do Éden.
O padre ficou em silencio e não respondeu nada. Então
se quiserem acabar com a mentira acabem primeiro com todos vocês. Em seguida
ele soltou uma gargalhada olhando nos olhos dos expectadores que ficaram
semelhantes aos homens que queriam que Jesus condenasse a mulher que foi pega
adulterando enquanto o carrasco o enforcava. Em At 1:11 diz: Homens galileus,
por que estais olhando para o céu? Esse Jesus, que dentre vós foi recebido em
cima no céu, há de vir assim como para o céu o vistes ir. E assim a luta
continua diariamente até que a Verdade se manifeste visivelmente do mesmo jeito
que foi visto quando os homens o viram subir.
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