Predador

Cada amanhecer na savana africana

É um risco a vida para os que lá residem

E os que se levantaram para matar a sua fome

Foram os sobreviventes dos leões assassinos.

 

A leoa alimenta seus filhotes na mama os

Recém nascidos os pequenos felinos

Desprovido de defesa necessitam da mãe

Pois sem proteção não há como permanecerem vivos.

 

A eximia caçadora sai em busca da caça

E deixa os seus filhos a mercê do perigo

Decisão necessária pra que o leite não falte

Pois ela precisa alimentar-se para alimentar os seus filhos.

 

Há olhos vigilantes e faros aguçados

Espreitando uma vitima isolada do grupo

E os três leãozinhos inocentes aguardam

A volta da mãe que os deixou inseguros.

 

A hiena astuta observa as manadas

Esperando que os leões ataquem os gnus

Para ela com os seus roubarem a caça

Dos leões que caçarem um pobre gnu.

 

A leoa se esgueira e escolhe a caça

Agachada entre a relva observa o gnu

Suas companheiras fazem o cerco à caça

Impedindo que ele possa voltar ao seu grupo

 

A violência felina do predador sobre a caça

Com suas garras assassinas sobre o pobre gnu

Deixa as câmeras que filma sem poder fazer nada

Senão assistir perplexo a destruição do gnu.

 

O banquete dos leões após abater a caça

Atrai outros predadores inclusive urubus

Entre eles se encontra as hienas esfomeadas

Com suas risadas sarcásticas pra roubar o gnu.

 

As hienas em maior número começa a batalha

Para impedir que os leões consuma o gnu

Atacando e fugindo por todos os lados

Pra fazer os leões abandonarem o gnu

Mais uma delas foi ferida com gravidade

E abandonou a batalha e voltou sem o seu grupo.

 

De volta mancando, mas com os ouvidos aguçados

Escutou o choro dos indefesos felinos

Que por sua mãe rugiam e chamavam

Ignorando a presença do predador assassino

 

Com o sorriso sarcástico e com brutal impiedade

O predador avançou sobre os três pequeninos

E estraçalhou com seus dentes cruéis e afiados

Os indefesos bebês recém nascido

 

Após o banquete do gnu realizado

A leoa voltou para o seu abrigo

E começou a procurar muito preocupada

Pelos seus leõezinhos recém nascidos

Mas não ouviu nenhuma resposta ao seu chamado

O que levou-a imaginar o ocorrido

E infelizmente se confirmou o que ela achava

Pois ela viu estraçalhados os seus pequeninos

Vitimas da fúria desenfreada de um predador

Vingativo cruel e assassino.

 

Assim é a savana por toda a África

Um lugar onde só os fortes sobrevivem

Que apesar das batalhas inexoráveis

São animais irracionais e isso justifica

Já não se pode dizer o mesmo dos que se dizem

Racionais pelo o que eles fizeram em Hiroshima.