Perdido e assustado surgiu um cãozinho,
Bem no centro da cidade,
Por entre freadas e escapando por um fio
Quase foi atropelado,
Desorientado com fome e com frio,
Entrou num beco da cidade.
No inicio da noite do mesmo dia,
O cãozinho arriscou um prato,
Esgueirando-se entre as mesas do lado da pista,
Foi em busca de migalhas,
Mas logo foi assustado por certos indivíduos,
De uma mesa de excomungados.
Ele correu e se escondeu no mesmo cantinho
Traumatizado,
E naquela mesma noite a chuva caiu
Por todo o lado,
O bueiro quebrado que era o seu ninho
Ficou alagado,
Começou a uivar tremendo de frio
Desorientado.
Mais um mendigo o ergueu com muito carinho
E o levou pra sua casa,
Dividiu sua mesa e dividiu seu cantinho
Mesmo sem nada,
O cãozinho latindo aceitou seu carinho,
Balançando o rabo,
Nasceu o apego, o afeto, e um amigo,
De verdade.
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