As águas roubadas são doces, e o pão
tomado às escondidas é agradável. Mas não sabem que ali estão os
mortos; os seus convidados estão nas profundezas do inferno. Pv 9:17-18
O
laboratório de genética Ecrom está localizado em Havilá lugar de muito ouro,
bdelio e pedra sardônica, mas que não gera nenhum beneficio para a população. O
laboratório é sustentado pelo bilionário Jabné que pressiona constantemente
Jefté responsável pelo setor, para que descubra o gene da longevidade.
Disse
ele: Não é possível que você ainda não conseguiu descobrir nada, como é que
pode um negocio desse! E todo o investimento que eu já fiz até hoje e você só
me diz que está pesquisando, eu já estou com uma idade avançada preciso viver
mais, tenho muitos bens, muito dinheiro, você precisa descobrir esse gene! Olhe
para bíblia veja quanto tempo viveu matusalém! Ele viveu novecentos e sessenta
e nove anos respondeu Jefté.
Pois
é eu quero viver no mínimo igual a ele, já estou com noventa anos vamos trabalhe,
trabalhe! Disse-lhe Jefté: Essa sua reação em desejar sempre viver é correta,
Deus colocou na mente do homem, a ideia da eternidade ( Ec 3:11), só que o
homem desobedeceu, e hoje nós sofremos as consequências.
Você
não pode esquecer as palavras de Deus, veja o que Ele disse pra Adão após a
queda: No suor do teu rosto comerás o
teu pão, até que te tornes à terra; porque dela foste tomado; porquanto és pó e
em pó te tornarás (Gn 3:19). Mas já tivemos gente aqui na terra que não
morreu ou você já se esqueceu de Enoque (Gn 5:24) e Elias (2Rs 2:11). Pois é
eles foram arrebatados. Também já tivemos gente aqui na terra que
ressuscitaram! Sim com certeza, mas todos eles morreram depois. Só Jesus é o único
que ressuscitou e permanece vivo até hoje, mas ninguém.
Eu preciso viver Jefté! Dê o seu melhor olhe
para as tartarugas algumas espécies chegam a viver até duzentos anos, eu como um
ser humano criado a imagem e semelhança de Deus, tenho o direito de viver mil
vezes mais, por favor, me ajude. Respondeu-lhe Jefté: Você está no lucro senhor
Jabné! Porque você diz isso? Porque a bíblia diz no Sl 90:10 que a duração da
nossa vida é de setenta anos, e se alguns, pela sua robustez, chegam a oitenta
anos, o melhor deles é canseira e enfado, passa rapidamente, e nós voamos. Como
eu disse o senhor ta no lucro porque apesar dessa idade toda ainda continua com
muita disposição.
Mas
será por pouco tempo, por favor, me ajude! Procure cientistas de outros países
eu pago tudo não se preocupe com as despesas elas ficam por minha conta. Jefté
então lhe disse: vou continuar tentando, mas o senhor sabe que existe uma solução
para o seu dilema. Que solução? Ta brincando comigo! Só a semente pode lhe dar
o que o senhor deseja. Mas que semente é essa me fale! O que foi que Deus falou
pra serpente após a queda do homem? Não
lembro o que foi que Ele disse? Ele disse o seguinte: E porei inimizade entre
ti e a mulher, e entre a tua semente e a sua semente; esta te ferirá a cabeça;
e tu lhe ferirás o calcanhar.
E
daí o que é que isso tem a ver comigo? Tudo não só contigo, mas com toda a
humanidade, porque essa semente é Jesus Cristo. Essa semente foi gerada num
útero materno e se fez carne e disse: Eu
sou a ressurreição e a vida; quem crê em mim, ainda que esteja morto, viverá;
E todo aquele que vive, e crê em mim, nunca morrerá. Crês tu isto? (Jo
11:25-26). Pois é Cristo pergunta crês tu nisto? Isso é uma coisa que vai
acontecer depois que eu morrer, só que eu preciso viver mais agora.
Mas meu senhor quem nos garante que amanhã
estaremos vivos! A decisão por Cristo tem que ser agora, e outra coisa de que
adianta a gente viver dois mil anos com esse corpo sujeito a todo tipo de
enfermidade, pense nisso Jesus é a única solução não morra sem antes aceita-lo
como Senhor e Salvador da sua vida.
Enquanto
isso a mais ou menos seis quarteirões dali o laboratório concorrente conhecido
como Ascalon sob a direção do ambicioso Lameque que era casado com duas
mulheres, traçava seus planos inescrupulosos para descobrir as experiências que
estavam acontecendo no laboratório de genética Ecrom. Disse Lameque: Precisamos
descobrir o que ta rolando lá dentro do laboratório Ecrom, que tipo de pesquisa
eles estão fazendo, em que estagio estão ou se já descobriram alguma coisa, não
podemos perder a fatia do mercado, isso é uma guerra os mais fortes sobrevivem,
uma grande descoberta além de render muito dinheiro também nos eterniza na
historia como descobridor da façanha.
Como
vamos fazer isso chefe? Perguntou um dos seus subordinados. Simples, você
Jarede vai fazer uma plástica tirar novos documentos e concorrer a uma vaga na
faxina do Laboratório Ecrom, depois que você estiver lá e descobrir as normas
da casa vai ficar mais fácil de conseguir o que queremos. Primeiro passo a
plástica amanhã eu mesmo vou operar você entendeu, vale tudo por uma causa
nobre, temos que pensar no nosso futuro.
Enquanto
isso no laboratório Ecrom Jefté acariciava o seu belo gato siamês chamado
matusalém uma amizade que já dura mais de catorze anos o que preocupa Jefté
porque a vida média dessa raça de gato é de quinze anos, pelo que se vê essa
relação já está no fim. Jefté fazia isso fora do centro de pesquisa que fica no
laboratório Ecrom, enquanto pensava na situação do seu chefe Jabné.
Por
um momento Jefté chamou um dos funcionários responsável pela limpeza do
laboratório e pediu pra colocar ração pra matusalém, o funcionário prontamente
fez o que ele lhe pediu, Jefté agradeceu ao rapaz e continuou pensando. No dia
seguinte conversando com Cainã um dos cientistas do laboratório perguntou-lhe:
Como é que tava o mapeamento genético da tartaruga de Galápago?
Do
mesmo jeito já isolamos vários genes dela e ainda não encontramos o da
longevidade sabemos disso pela experiência que fizemos com ratos do laboratório
que não deram em nada, cada um morreu na sua média de vida sem nenhum
acréscimo. Vamos continuar tentando porque Jabné a cada dia que passa tem se
tornando mais exigente e nós não temos saída é ele que banca tudo se perdermos
ele o laboratório fecha e ai como é que vai ficar a nossa situação? Tem razão
doutor hoje mesmo vamos fazer uma nova tentativa vamos implantar no DNA de um
dos ratos o gene da tartaruga de Galápago, e vamos torcer pra que esse seja o
da longevidade pra ver se vai dar certo.
Hoje
eu estarei com vocês participando da operação. Mas quantas duplas de ratos
ainda têm próxima de completar dois anos? Ainda temos cinco duplas pros cinco
meses seguintes. Muito bem precisamos preparar mais duplas não podemos ficar um
mês sequer sem observar uma dupla que completou dois anos de vida senão não
saberemos se a nossa experiência deu certo. O gene é a unidade fundamental da hereditariedade acreditamos que
se implantarmos o gene da longevidade da tartaruga de Galápago no DNA do rato,
ele possa viver duzentos anos como elas, essa é a nossa única chance porque uma
vez que dê certo nos ratos, passamos a experiência para os humanos.
Enquanto
isso Lameque sorria feliz da vida pela operação que fez em seu subalterno, ele
o transformou numa outra pessoa. Ajeitou seus documentos no mercado negro
preparou seu currículo e o enviou ao laboratório Ecrom. O moço chegou lá se
apresentou na recepção e deixou o seu currículo e se retirou, mas antes ouviu
da recepcionista que aguardasse a resposta por telefone. Antes de vencer o prazo dado pela recepcionista
o subalterno de Lameque foi chamado para fazer os exames e da inicio ao
trabalho de limpeza do laboratório, quando Lameque soube deu um sorriso
sarcástico de meia boca e disse: a coisa ta indo de vento em popa. Após uma
semana de trabalho, o subalterno Jarede fez algumas descobertas, por exemplo: Só
entra no laboratório quem passa no detector de metal uma porta igualzinha a dos
bancos, os cientistas quando saiam do laboratório no fim do expediente, incineravam
todas as suas roupas, cada dia de trabalho a roupa era sempre nova, existia
três seguranças em frente a porta do laboratório, e ela só abria com um cartão
de identificação dos cientistas e também havia câmeras por todos os lados fazendo
o monitoramento diário.
Ao
ficar ciente dessas informações, Lameque disse o seguinte: vamos trocar um dos
botões do seu uniforme, no lugar dele vamos colocar uma micro câmera isso vai
fazer com que a gente também possa ver tudo lá dentro. Esse é o primeiro passo,
vamos ficar a um quarteirão de distancia do laboratório Ecrom dentro de um
furgão com uma central de informática observando tudo o que está acontecendo lá
dentro que será transmitido pela câmera que estará no seu uniforme.
Outra
coisa: faça amizade com os guardas e ofereça cafezinho pros três ao mesmo tempo
de vez em quando durante o dia. De inicio vai ser só isso depois vamos ver como
a gente vai fazer pra entrar no laboratório. No laboratório Ecrom, Jefté e sua
equipe observam mais duas duplas de ratos que completaram dois anos de vida e um
deles esta com o gene que foi retirado da tartaruga de Galápago, a expectativa
é grande espera-se que ele ultrapasse os dois anos de vida que é o limite de
vida de um camundongo.
Mas
a espera foi em vão alguns dias depois deles completarem dois anos pereceram. Mas
a esperança continua, agora pros outros dois do próximo mês. Enquanto Lameque
observa as imagens do laboratório que foram filmadas por Jarede, tem uma idéia
de como saber o que se passa no interior do centro de pesquisa do laboratório
Ecrom. Já sei disse ele! Já sabe o quê chefe? Perguntou um dos seus comparsas. Vamos
procurar o fornecedor para saber de que maneira eles fazem a entrega dessas
roupas, descobrir quem é a pessoa que lida diretamente com essa entrega, ou
seja, o ultimo estagio da transação.
E
o que faremos com essa pessoa assim que descobrirmos quem ela é chefe vamos
matá-la? Não nada disso! Veja o que disse Satanás em relação à Jó: pele por
pele, e tudo quanto o homem tem dará pela sua vida (Jó 2:4). Embora isso não
tenha dado certo com Jó quem sabe se não vai dá certo com essa pessoa.
Vamos
seqüestrá-lo na saída do banco e levá-lo para um cativeiro e obrigá-lo a nos
dar a senha e sacar todo o seu dinheiro no dia do seu pagamento. O que queremos
é que ele coloque uma micro câmera na roupa dos cientistas antes que essa roupa
chegue no laboratório entendeu! Mais
primeiro vamos preparar um laço pra ele, vamos atraí-lo para a nossa armadilha
e conquistar sua confiança. Como vamos fazer isso chefe? Perguntou um dos seus
comparsas.
Vamos
alugar uma casa pra ser usada como fechada de um laboratório com nome falso e documentação
falsa e nos tornar cliente dessa empresa e compra roupas durante um mês, vai
ser dessa forma que vamos atraí-lo. Após receber as informações de Jarede sobre
a empresa fornecedora das roupas dos cientistas, Lameque traçou o plano, ele
disse: São dois que vem na Kombi fazer a entrega das roupas, o motorista que
sempre fica no veiculo e o entregador que desce pra fazer a entrega. Então
precisamos de Dalila pra seduzir o motorista e ela deve conduzi-lo através da
recepção na presença do entregador porque a proposta é para um só.
No
dia seguinte no laboratório Ecrom, enquanto Jarede cuidava da limpeza, Jefté o
interrompeu e pediu para ele alimentar Matusalém o que ele fez prontamente, em
seguida entrou no centro de pesquisa do laboratório, hoje é um dia importante
os dois ratos completaram dois anos de existência e a expectativa nas próximas
semanas será grande afinal o que se espera é que um deles morra e que o outro
sobreviva graças ao gene da tartaruga de Galápago que foi colocado no seu DNA. Ao
vê-lo Cainã disse: Anime-se Jefté! Já faz uma semana que um dos ratos morreu e
o outro continua vivo. Jefté respondeu sorrindo: uma semana é pouco porque eles
nunca morrem no mesmo dia, vamos aguardar mais um pouco pra ver no que vai dar.
Já
passou um mês e o rato continua vivo o que trouxe muita euforia pros cientistas
do laboratório. Jefté disse: ta na hora de contar pro senhor Jabné essa grande
novidade, porque isso vai fazê-lo vibrar muito. Ao saber do ocorrido Jabné, mas
do que depressa se mudou para o laboratório e assumiu a responsabilidade de
alimentar o rato diariamente, para ele essa era a sua única esperança. O rato
passou a ser o tesouro que ele colocou o seu coração. Só que ele desconhece o
que está escrito em Mt 6:19-21 que diz: “Não
ajunteis tesouros na terra, onde a traça e a ferrugem tudo consomem, e onde os
ladrões minam e roubam; Mas ajuntai tesouros no céu, onde nem a traça nem a
ferrugem consomem, e onde os ladrões não minam nem roubam. Porque onde estiver o vosso tesouro, aí
estará também o vosso coração”.
Mais
do que depressa ele se ofereceu para ser a primeira cobaia humana. Só que Jefté
o repreendeu dizendo: Ainda é muito cedo senhor Jabné! Primeiro temos que isolar
o gene da longevidade que se encontra no rato fazendo o mapeamento dele, só
depois de conhecer o gene, é que podemos fazer uma experiência com humanos, portanto
precisamos de mais tempo.
Isso não mudou o astral de Jabné que já via
com muita clareza a possibilidade de viver duzentos anos. Enquanto isso Lameque
colocou seu plano em ação, alugou uma casa fez algumas reformas e a transformou
num laboratório, criou um nome fictício, e providenciou nota fiscal falsa para
enganar o motorista e seu ajudante. Ligou para a empresa que fornece os
uniformes para o laboratório de genética Ecrom e fez um pedido.
No dia seguinte o vendedor da empresa
compareceu ao endereço onde um subalterno de Lameque fez um pedido de dez
uniformes. O vendedor anotou o pedido de acordo com o número de cada manequim e
partiu dizendo que em três dias eles receberiam a mercadoria. No dia da
entrega, a recepcionista Dalila foi quem o atendeu, e ela educadamente lhe
ofereceu um cafezinho e lhe indicou onde estava o banheiro e o bebedouro. O
entregador lhe agradeceu e em seguida colocou as peças de roupas no lugar que
ela indicou.
Dalila
disse: você não tem mais alguém que possa usufruir da nossa hospitalidade como
você ta usufruindo. Ele respondeu: Há o motorista! Em seguida foi chamá-lo.
Quando ele entrou deu de cara com Dalila uma mulher montada segundo o padrão de
hoje com um corpo de proporções descomunal. Isso o fez olhá-la com olhos maus
deixando o seu corpo tenebroso, demonstrando que a sua luz era na realidade
trevas (Mt 6:22-23). Aproximou-se dela agradeceu pela recepção e perguntou-lhe
o seu nome. Ela disse: Dalila! Ele sorriu e disse: vai cortar o meu cabelo? Ela
sorrindo lhe respondeu: Quem sabe!
Antes
de partirem Dalila disse-lhe: toda semana a gente vai precisar de dez uniformes
desses, vocês conseguem nos fornecer? Sim! Eles responderam. Saíram satisfeitos
comentando que essa tinha sido a última entrega do dia. Do lado de fora próximo
a Kombi deles, dentro de um carro com vidros fumê, estavam dois capangas de
Lameque esperando para segui-los para saber onde era o endereço do entregador
de roupas. Passado algum tempo da perseguição, o motorista parou a Kombi o
entregador desceu em frente da sua casa e entrou.
Enquanto
isso os dois homens de Lameque que seguia a Kombi, gravou o endereço e em
seguida partiram daquele lugar e foram para o laboratório Ascalon contar o que
descobriram para Lameque. Ao ficar sabendo do ocorrido, Lameque disse: vamos
fazer um sequestro relâmpago, e obrigá-lo a nos dar seu cartão e a senha e retirar
todo o seu dinheiro.
Quando
vamos fazer isso chefe? Perguntou um dos seus comparsas. No quinto dia útil desse mês que é o dia que
as empresas fazem o pagamento dos seus funcionários. Na data marcada, dois
homens de Lameque estacionaram o seu carro em frente da casa do funcionário que
faz a entrega das roupas nos laboratórios antes que ele partisse para o
trabalho. Quando o funcionário saiu eles o seguiram para ver onde ele
trabalhava porque eles tinham certeza que quando ele voltasse das entregas meio
dia, e depois do almoço ele usaria esse momento para ir ao banco sacar algum
dinheiro, e seria esse o momento ideal para executar o plano, sequestrá-lo rapidamente durante a saída do banco.
Após
verem o local de trabalho dos dois homens, eles voltaram para prestar relatório
a Lameque. Ao tomar conhecimento de tudo o que tinha acontecido, Lameque disse
o seguinte: Quarta-feira que vem é o quinto dia útil desse mês. O plano vai ser
o seguinte: estacione o carro numa rua que fica no trajeto da empresa do
entregador, um de vocês saia do carro e fique encostado nele lendo um jornal
aguardando a hora em que o entregador se aproximar de você, quando isso
acontecer finja que vai lhe pedir uma informação, e ataque-o. mostrando-lhe sua
arma na cintura e o conduza-o para dentro do carro, em seguida leve-o pro morro
do Golgota porque lá é um lugar de sofrimento, e ele precisa ser ameaçado psicologicamente mas sem agressões
físicas. Entenderam? Sim responderam seus homens.
O
plano foi colocado em prática do jeito que Lameque determinou, e, correu tudo
como ele tinha imaginado. O entregador foi levado pro cativeiro e foi
pressionado com palavras e com arma apontada pra sua cabeça. Não teve escolha e
acabou entregado o cartão e a senha. Um dos homens de Lameque de posse do cartão
e da senha foi ao banco e retirou todo o dinheiro de sua conta deixando o pobre
do entregador sem um centavo no bolso. Em seguida pegaram o entregador e o deixaram
na beira da estrada e foram embora.
Sem
dinheiro algum ele caminhou até encontrar uma pessoa e contou o ocorrido, em
seguida ele deu o número do motorista da Kombi e pediu pra pessoa ligar pra ele
e dizer onde ele estava para que ele pudesse buscá-lo. Após ser atendido pelo transeunte, ele
agradeceu e esperou o motorista da Kombi. Mais ou menos quarenta minutos foi o
tempo que o motorista levou até encontrá-lo. No trajeto o entregador contou o
que tinha lhe acontecido e foram direto pra empresa onde mais uma vez ele
contou pro seu chefe o que ocorreu. Em seguida ele foi na delegacia fazer a
ocorrência contra os delinquentes.
Enquanto
isso Lameque em seu laboratório estava feliz porque tudo saiu como ele queria.
Ele disse aos seus comparsas: agora vamos aguardar até sexta feira que é o dia
deles trazerem os nossos uniformes. Esse é o dia de corrompê-lo, e eu mesmo vou
fazer isso. Um de seus comparsas disse-lhe: mas chefe é muito perigoso como é
que o senhor vai se expor assim desse jeito? Vai deixá-lo ver a sua face?
Lameque ironicamente respondeu: Sabe de nada inocente! Eu não sou de hoje e nem
de ontem, eu cair na terra antes do homem existir. Eu não vou me apresentar
dessa forma, eu sou um homem de mil faces e vou me apresentar como um anjo de
luz. Por isso eu te digo: as coisas do homem eu entendo muito bem só não
entendo as coisas de Deus.
Dito
isso, eles ficaram na expectativa até sexta feira. Em fim chegou sexta feira. O
esquema já estava todo preparado quando a Kombi estacionou em frente do laboratório
de fachada de Lameque. O entregador desceu com as roupas do laboratório e se
dirigiu até a recepção quando deu de cara com Lameque que disse: Bom dia amigo!
Ele respondeu e disse: bom dia! Dalila que estava sentada em uma das poltronas
da recepção disse: cadê o motorista? O entregador respondeu dizendo: ficou na
Kombi. Posso convidá-lo pra tomar um cafezinho? Ele disse: se ele quiser é com
ele mesmo. Ela saiu e foi convidar o motorista.
Depois
dessa conversa ele foi na direção de Lameque para entregar os uniformes. Ao
vê-lo se aproximar Lameque disse: você está com o semblante um pouco abatido
meu rapaz, existe alguma coisa que a gente possa fazer por você? Ele disse:
infelizmente não! Lameque insistiu e
disse: mais o que houve de tão grave assim que você não pode receber nenhuma
ajuda? Ele respondeu dizendo: fui assaltado! É infelizmente nos nossos dias
isso se tornou uma coisa comum. Perdeu o celular com certeza porque se existe
uma coisa que os ladrões gostam é de celular. Antes fosse só isso respondeu o
entregador. Levaram mais alguma coisa perguntou Lameque. Fui sequestrado na
saída do banco e lavado para o cativeiro, lá fui ameaçado com a arma apontada
na minha cabeça, tive que dar o cartão e a minha senha pra eles, em seguida um
deles foi ao banco e retiraram todo o meu pagamento depois me deixaram na beira
da estrada sem nada, inclusive sem o celular.
Você
tem família? Sim, mulher e dois filhos. Como você pode ver a minha mesa está
estéril sem produto algum. Mas você pode transformar essa aridez em
produtividade. Como perguntou o entregador. Com o poder que você tem. Que poder
que eu tenho? O poder da escolha. Você é descendente de Adão que provou da
árvore que abriu os seus olhos, e o fez semelhante a Deus, sabendo escolher
entre o bem e o mal.
Veja
aqui eu tenho nessa mala uma quantia em dinheiro equivalente a dez vezes o
salário que você recebe no mês. Esse dinheiro pode transformar a aridez da sua
mesa em abundancia de pães. Você quer o melhor ou o pior para a sua família? O
melhor respondeu o entregador. Você não precisa se prostrar nem me adorar para
ter esse dinheiro. O que eu quero é muito simples: basta você deixar eu trocar
os botões dos uniformes do laboratório Ecrom por esses daqui, nada mais que
isso. Como você pode ver é possível transformar pedras em pães, só depende da
escolha. Então o que é que você vai querer: o bem ou o mal para sua família?
Os
olhos do entregador foram abertos ao ver aquelas cédulas de cem reais dentro da
mala aberta. As cédulas eram agradáveis e ótimas para alimentá-lo, e reconheceu
que estava nu e precisava se vestir, sua mesa estava estéril e precisava
produzir, ele não pensou duas vezes ao perceber que aquela mala resolveria o
seu problema, e então disse: sim eu aceito que você troque os botões dos
uniformes do laboratório Ecrom por esses daqui.
Lameque
sorriu satisfeito e pediu pra ele buscar os uniformes do laboratório Ecrom pra
fazer a troca dos botões pelos que tinham uma microcâmara no seu interior. Só
que o entregador disse: Mas se o motorista aparecer no momento da troca dos
botões vai estragar tudo. Lameque lhe disse: não se preocupe dê só uma olhada
pelo buraco da fechadura da outra sala. Ele fez isso e o que ele viu foi o
motorista aos beijos com Dalila no sofá. Ele sorriu e disse: vou buscar os
uniformes.
Enquanto ele saiu para buscar os uniformes
Lameque expressando um sorriso de meia boca disse em tom baixo: Mais um para o
inferno! Após ter feito a troca dos
botões dos uniformes do laboratório Ecrom, disse o entregador: e agora como é
que eu vou levar essa mala sem que o motorista veja? Lameque respondeu
imediatamente dizendo: Simples! Um carro vai te acompanhar de longe para ver se
você realmente vai entregar esses uniformes no laboratório Ecrom, depois que
você tiver feito a entrega, ele vai te seguir até a sua casa, até que você desça
da Kombi.
Quando
o motorista for embora, você retorna ao portão de sua casa e ele te entrega o
dinheiro. Entendeu? Sim, assim é bem melhor. Bem ta na hora de fazer a última
entrega do dia, cadê o motorista? Oh motorista vamos embora cara, só falta uma
entrega pra gente encerrar o expediente, anda logo! O motorista apareceu todo descabelado e disse:
você é um estraga prazer sabia! Na hora
em que eu ia perder as minhas tranças você me chamou. Tudo bem vamos nessa!
Haverá outras oportunidades.
Lameque
olhou para ele e disse em seu pensamento: sabe de nada inocente! Não faremos
mais nenhum pedido de uniformes, e esse laboratório é como a erva, como a flor
do campo que floresceu. E que hoje mesmo passará por ele o vento e ele se vai e
o seu lugar não será mais conhecido. Eles se despediram de Lameque e partiram
na direção do laboratório Ecrom para fazerem a última entrega do dia, enquanto
eram seguidos pelos homens de Lameque em um carro a certa distancia.
Ao
chegarem ao laboratório, depois de terem se identificado na portaria, entraram
com a Kombi sob os olhos atentos das câmeras de monitoramento. Após algum tempo
saíram e foram seguidos pelos homens de Lameque. Depois de algum tempo o
motorista da Kombi parou em frente a casa do entregador que desceu da Kombi e
com um leve aceno ele se despediu enquanto abria o portão de sua casa.
Passado
algum tempo, ele retornou ao portão e olhou para os dois sentidos da rua
procurando os homens de Lameque com o dinheiro prometido. Depois de alguns
minutos um carro parou ao seu lado e lhe passou a mala com a importância
combinada, ele pegou sorrindo e disse-lhe: valeu obrigado! Os homens partiram e
ele entrou em sua casa.
Lameque
aguardava ansioso pela volta dos seus homens torcendo para que o entregador
tenha cumprido com a sua parte, porque ele dependia disso para saber o que se
passa no laboratório Ecrom. De repente as câmeras do estacionamento do seu
laboratório focalizaram o carro dos seus homens entrando no estacionamento, ele
sorriu aliviado ao ver seus homens descerrem e caminharem na direção do seu
laboratório.
Quando eles entraram ele disse: E ai como é que foi lá? Eles
responderam: Tudo certo chefe! O entregador cumpriu com a sua palavra, amanhã o
senhor vai poder ver o que se passa no laboratório Ecrom. Ele sorriu mais uma
vez e disse: vamos comemorar, tragam um champanhe, vamos brindar ao sucesso da
operação. E disse mais: esse é o primeiro passo em direção a um futuro melhor,
dependendo do que eles descobriram em suas experiências podemos ficar ricos.
O
comportamento de Lameque está descrito em Jr 22:17 que diz: Mas os teus olhos e o teu coração não atentam
senão para a tua avareza, e para derramar sangue inocente, e para praticar a
opressão, e a violência. Disse Lameque a seus comparsas: amanhã
entraremos no centro de pesquisa do laboratório Ecrom por meio das câmeras que
instalamos nos uniformes dos cientistas, essa noite não dormirei pensando
nisso, amanhã será um grande dia homens, ou seja, o nosso dia.
Pra
não chamar a atenção da policia, Lameque antecipadamente alugou um imóvel
próximo ao laboratório Ecrom numa distancia que podia captar o sinal das
câmeras que estavam nos uniformes dos cientistas. Um imóvel não chama a atenção
como um furgão parado por muito tempo no meio da rua. Lameque tinha pensado em
tudo.
Lameque levantou-se às seis horas, tomou café,
e em seguida com alguns homens se dirigiu para o imóvel alugado, um trajeto
onde ele gastou apenas vinte minutos no percurso, chegou as sete horas e vinte,
minutos antes do laboratório iniciar seu expediente. Parou em frente a casa, um
dos seus homens desceu abriu o portão entrou e abriu o portão da garagem, em
seguida Lameque guardou o carro na garagem, seus homens fecharam o portão e se
dirigiram para sala onde havia uma tela enquanto aguardavam o som e a imagem do
laboratório Ecrom.
Dez
pras oito Lameque ligou as câmeras que estavam instaladas nos uniformes dos
cientistas, e por intermédio dos que já tinham trocado de roupa já dava pra ver
o vestiário deles. Disse Lameque: ótimo o sinal esta perfeito. Jefté saiu do
vestiário com os outros cientistas na direção do centro de pesquisa do
laboratório, no corredor encontrou com o seu lindo gato matusalém que ao vê-lo
veio na sua direção e começou a se esfregar nas suas pernas, mais do que
depressa ele o levantou e caminhou na direção de Jarede comparsa de Lameque
infiltrado no laboratório e pediu-lhe que o alimenta-se, prontamente ele
atendeu e em seguida com os outros cientistas entrou no centro de pesquisa do
laboratório.
Bem próximo dali e sem despertar suspeita, Lameque
assistia a tudo. Dentro do centro de pesquisa, os cientistas caminharam na
direção do rato e pararam em frente a gaiola que ele se encontrava. Jefté olhou
para ele e em seguida para os demais companheiros e disse: nosso garoto parece
está muito bem vocês não acham? Eles responderam numa só voz: sim Jefté!
Depois
de algum tempo chegou Jabné o dono do laboratório, com um sorriso de orelha a
orelha disse: como está o meu garoto? A minha única esperança! Eles disseram:
muito bem senhor Jabné! Então quando é que vocês vão retirar o gene da
tartaruga de Galápago do DNA desse rato e vão colocar em mim pra que eu possa
viver duzentos anos como ela? Vocês já fizeram o implante no rato com sucesso,
agora é só retira-lo e implantá-lo no meu DNA. Como já falei anteriormente, eu
já estou com noventa anos e não posso esperar mais.
Vamos
começar a fazer o mapeamento genético do rato ainda essa semana senhor Jabné,
pode ficar tranquilo. O senhor tem certeza que quer ser a primeira cobaia dessa
experiência? Mais claro que sim! Você ainda tem duvidas quanto a isso? Não
basta todo o investimento que eu fiz pra chegar até aqui. Espero que vocês
correspondam a minha expectativa.
E
outra senhor Jabné, não pretendemos causar a destruição das tartarugas de
Galápago em busca do seu gene da longevidade, pretendemos cria em laboratório o
gene sintético para fazer novos implantes em quem deseja viver duzentos anos.
Bom isso ai vocês podem ver depois no momento esse gene que está no rato é meu.
Nisso
nem tão distante dali, Lameque sorria feliz da vida após ter descoberto tudo. Ele
disse em alta voz para os seus homens: descobrimos uma mina de ouro! Quem não
gostaria de viver duzentos anos? Quem! Esse rato é o nosso futuro amanhã mesmo
Jarede vai sequestrá-lo para nós. Mais chefe como ele vai fazer isso se lá não
tem como entrar uma arma sequer? Eu sei como fazer isso, não se preocupe, deixa
comigo.
No
fim da tarde Jarede chegou ao laboratório após uma jornada de trabalho. Assim
que entrou foi logo ouvindo Lameque dizer: amanhã é o grande dia Jarede,
descobrimos tudo, e você vai agir amanhã pra garantir o nosso futuro. Respondeu
Jarede: como assim chefe? Você vai sequestrar o rato que está dentro do setor
de pesquisa do laboratório. Mas chefe pra que você quer um rato? Depois te
explico, só quero que você saiba o seguinte: esse rato vai garantir a nossa
independência financeira, você não vai precisar trabalhar nunca mais.
Chamou
Jarede num canto, e começou a explicar todo o plano para ele, mostrando como
ele deveria agir no dia seguinte quando voltasse ao trabalho no laboratório
Ecrom. Disse Lameque: não tem como entrar com arma no laboratório certo! Jarede
disse certo! Só que a arma que você vai usar já está lá dentro. Jarede disse:
só que nas mãos dos seguranças e são três brutamontes, como é que eu vou pegar
as armas deles? Simples! Respondeu Lameque. Então me diga chefe como é que eu
faço pra que isso aconteça.
Você
tem dado cafezinho pra eles ao mesmo tempo como eu te ordenei? Sim tenho. E
quando isso acontece quantos deles querem café: na maioria das vezes dois, as
vezes três, dificilmente um só toma café. Você vai fazer o seguinte, vai
colocar três gotas desse liquido em cada xícara de café antes de servi-lo
entendeu? Sim chefe, mas o que é que vai acontecer como eles depois que eles
tomarem o café? Vão desmaiar e vão ficar assim pelo menos trinta minutos, tempo
suficiente pra você agir e pegar o rato.
Agora temos que torcer pra que pelo menos dois
queiram tomar café, porque quando os dois desmaiarem você se ofereça pra ajudar
o que não tomou e é nesse momento que você pega a arma de um deles e rende o
outro e tranca em uma das salas juntamente com o pessoal da administração,
entendeu? Sim chefe! Então agora é com você estaremos aqui observando tudo boa
sorte, assim que você sair com o rato pegaremos você na porta, e não esqueça o
nosso futuro está em suas mãos.
Tenso
Jarede chegou no outro dia para trabalhar e executar o plano elaborado por Lameque. O dia corria normalmente até que uma
voz quebrou o silêncio quando Jarede com uma bandeja com três xícaras de café
ofereceu aos seguranças do laboratório, um deles se adiantou e pegou uma xícara
para ele, os outros dois disseram que não queria, o que amedrontou Jarede e
Lameque que observava tudo de longe. Quando Jarede se afastava com as duas
outras xícaras de café, outro segurança o chamou e também pegou uma xícara de
café, o que trouxe alivio para todos, já pensou se somente um desmaiasse, como
é que Jarede iria render os outros dois.
Feito
isso Jarede foi para o refeitório e ficou acariciando Matusalém o gato de
Jefté. Passado alguns minutos os dois seguranças começaram a passar mal,
começou o corre-corre porque os seguranças já haviam desmaiados. Nisso Jefté
saiu do setor onde estava o rato pra ver o que estava acontecendo, Jarede saiu
do refeitório e veio ajudar a carregar os seguranças, que foram levados para o
ambulatório do laboratório.
Nesse
momento Jarede pensou alto e disse: é agora ou nunca! Pegou uma arma de um dos
guardas e colocou na cintura, a outra ele apontou pra cabeça de Jefté depois
que lhe aplicou uma gravata e o ameaçou dizendo que atiraria na sua cabeça se
ele não mandasse o outro segurança jogar arma no chão, Jefté então pediu e
prontamente ele obedeceu, de posse da terceira arma a colocou também na cintura
ficando com as três armas, em seguida trancou todos numa sala e arrastou Jefté
para dentro do seu setor de trabalho onde estava o rato.
Quando entraram
depararam-se com Jabné o dono do laboratório que disse: o que está acontecendo?
Por que esse homem está com uma arma apontada para a sua cabeça? Jarede se
adiantou e disse: cala essa boca vovô e me passa esse rato agora mesmo. Quando
ouviu isso Jabné se atirou na direção da gaiola do rato e segurou firmemente
negando lhe entregar. Jarede empurrou violentamente Jefté contra a parede e
partiu pra cima de Jabné que correu com a gaiola na mão, Jarede não disse mais
nada e atirou duas vezes no velho atingindo-o no abdômen. O velho caiu
protegendo o rato e morreu deixando o seu tesouro o lugar onde estava seu
coração.
Enquanto
isso na sala dos prisioneiros, o segurança que foi desarmado ao ouvir os tiros
arrombou a porta e pediu para os outros prisioneiros ficarem em silencio
enquanto ele estivesse ausente. Ele pegou uma cadeira e ficou na espreita a
espera de Jarede. Enquanto isso, Jefté correu para ajudar Jabné mais já era
tarde, revoltado partiu para cima de Jarede que o agrediu com uma barra de
ferro quebrando-lhe o braço. De posse do rato Jarede pegou um galão de solvente
e derramou por todo o laboratório e ateou fogo em seguida saiu com a gaiola na
mão como se não tivesse acontecido nada, quando foi atacado de surpresa pelo
segurança que o atingiu com um forte golpe na mão que ele segurava a arma
fazendo-o desequilibrar e cair.
Na
sua queda ele deixou à gaiola cair e o rato fugiu desaparecendo no corredor do
laboratório. Enquanto isso o segurança se atirou na direção da arma e atirou
contra Jarede acertando-o três vezes no tórax. Jarede mesmo assim ainda revidou
e atingiu o segurança no braço direito que caiu se contorcendo de dor. Jarede
não resistiu ao ferimento e faleceu, nisso o fogo do laboratório aumentava cada
vez mais, Jefté mesmo ferido começou a gritar por socorro tentando arrastar
Jabné que já estava morto, o segurança ferido também gritou chamando os outros
prisioneiros que vieram e ajudaram a retirar Jefté e Jabné antes que o fogo os
atingisse.
Ligaram
para a policia, para o corpo de bombeiro e para a ambulância e saíram do
laboratório e foram para a rua porque as chamas estavam lambendo tudo. Os
bombeiros chegaram e controlaram o fogo impedindo que se alastrasse para as
outras dependências. Jefté foi levado pela ambulância, Jabné e Jarede foram recolhido para o instituto medico legal. Após
as coisas se acalmarem, Jefté voltou para casa com o braço engessado.
No cair da noite do mesmo dia, no silêncio dos
corredores do laboratório, eis que surge uma inocente criatura criada no
cativeiro, acostumado a receber toda sua alimentação diária na sua boca, sem
nenhuma maldade procurando alguma coisa para comer, ele se deslocava exatamente
na direção de um par de olhos que fitava todos os seus movimentos aguardando a
hora de atacar. A pobre criatura presa fácil para o felino que estava de
prontidão semelhante um leão fitando a caça. Quando o pobre rato chaga na distancia
ideal, Matusalém o atacou com um violento golpe e o devorou ali mesmo sem dó e
piedade. No dia seguinte Jefté voltou ao laboratório Ecrom e constatou todo o
prejuízo que sofreu com a ação maléfica de Jarede. Ele olhou pra tudo aquilo derramando
lagrimas dos seus olhos e disse: é o fim de tudo.
No
laboratório Ascalon de propriedade de Lameque, seus comparsas disseram: e agora
chefe? Ele respondeu dizendo: eu não desisto nunca, vou ficar ao derredor de
Jefté rugindo como um leão aguardando a hora de tragá-lo, sou como o crocodilo
do rio Mara aguardando a hora dos gnus beber água, porque todo homem que
enfrenta as suas fraquezas por ele mesmo nunca vigia, então é ai que eu o
devoro.
O
que Lameque não sabe é que quem quer enriquecer depressa é homem de olho
maligno, porém não sabe que a pobreza há de vir sobre ele (Pv 28:22). Enquanto
Jefté olhava chorando a destruição do setor de pesquisa do laboratório Ecrom,
algo começou a se esfregar em sua perna, ele olhou e disse: Matusalém é você
meu amigo, tinha me esquecido de você. Vamos para casa aqui acabou tudo.
No
laboratório rival, Lameque disse pros seus homens: perdemos uma batalha mais
não perdemos a guerra. Vamos fazer o seguinte: vamos colocar uma escuta no
telefone de Jefté. Como vamos fazer isso perguntou um dos seus homens. Ele
disse: Jefté é professor de física da UFH universidade federal de Havilá ele dá
aula na parte da manhã, sua esposa leva seus dois filhos para estudar na parte
da manhã, quando ela voltar é aí que nós vamos agir.
Com
ela em casa chefe? Sim, a dengue vai nos ajudar. Como assim chefe esse mosquito
ta matando muita gente, nós estamos convivendo com uma epidemia em toda Havilá.
Certo e isso vai nos ajudar a entrar na casa de Jefté com sua esposa abrindo a
porta para nós. O que essa nação ta vivendo é uma vergonha, em 1907 a febre
amarela foi erradicada por um medico competente sem dispor dos recursos que
temos hoje, esse mosquito está levando muitos brasileiros ao tumulo, assim como
ele fez no passado também com os estrangeiros. Fora os outros problemas como, por
exemplo, os moradores de rua que cresceram 10% em quatro anos, hoje têm 19.905
pessoas nessa situação somente na maior cidade de Havilá. Nessa mesma cidade o
numero de casos de dengue triplicaram esse ano.
O
problema maior de Havilá é a corrupção, por isso que temos problema com a
saúde, a educação, moradia, e transporte. A corrupção mata mais do que o
mosquito da dengue. As riquezas de Havilá são: o ouro, bdelio, e a pedra
sardônica (Gn 2:11-12) grande parte
dessas riquezas são aplicadas para sustentar o poder que se aproveita da
ignorância do povo que compra gato por lebre.
Mais
chefe o que isso tem a ver com entrar na casa de Jefté? Vou explicar! Dois de
vocês vão se disfarçar de agentes de saúde da prefeitura, e vão fazer um
visitinha na casa do Jefté, entenderam! Sim chefe! Uma vez lá dentro, enquanto
um coloca o veneno em um lugar o outro pergunta se existem outros lugares,
quando ela for mostrar o que ficar sozinho sai e coloca a escuta no telefone.
Ta bom chefe, e quando vamos fazer isso? Assim que adquirirmos as roupas, e tem
que ser o mais rápido possível.
Assim
que adquiriram as roupas, se apresentaram a Lameque já arrumados, e quando ele
os viu disse: Vocês estão aparentemente corretos, semelhante ao discurso
sofista dos corruptos. Em seguida deu uma tremenda de uma gargalhada. Infelizmente
pouca gente presta atenção ao Pv 28:21 que
diz: Dar importância à aparência das
pessoas não é bom, porque até por um bocado de pão um homem prevaricará.
As
dez horas do dia seguinte dois dos homens de Lameque partiram para cumprir a
missão na casa de Jefté e foram bem sucedidos conseguiram colocar uma escuta no
telefone de Jefté sem sua mulher perceber, quando Lameque os viu chegar disse:
é nós na fita! Em seguida deu uma gargalhada.
A
vida seguiu seu curso normal e seis meses depois do ocorrido no laboratório
Ecrom, Jefté estava em casa lendo um jornal tranquilamente quando a campainha
tocou, ele se levantou abriu a porta e se deparou com sua cunhada Agar que
disse: bom dia Jefté! Já se esqueceu do que aconteceu com o laboratório? Ele
disse: não. Ela sorriu e disse: Tesouro na terra sempre enferruja e junta
traça, bom mesmo é juntar tesouro no céu. Disse ele: eu sei disso.
Que
gato bonito, onde é que você o conseguiu? Esse é Matusalém que você me deu da mesma
ninhada do seu, esqueceu disso? Você ta de brincadeira comigo, não é mesmo? Por
que você ta dizendo isso? Porque esses gatos só vivem no máximo quinze anos e o
meu já morreu a mais ou menos quatro meses atrás, como é que o seu ainda está
vivo? Explique-me isso aí?
Jefté
gelou quando ouviu isso sem saber o que responder mentiu e disse que era outro
gato só que ele colocou o mesmo nome porque gostava muito do outro. Há bom
disse sua cunhada, pensei que você já tinha descoberto o gene da longevidade.
Mas como se nem laboratório eu tenho mais. É verdade disse ela. Em seguida
perguntou pela sua Irmã, ele disse que ela estava na cozinha, ela foi se
encontrar com ela e ele ficou pensando no que sua cunhada falou e disse: o que
é que aconteceu pra Matusalém não ter morrido como o outro gato.
De
posse de uma das cópias das câmeras do laboratório que filmou o momento em que
Jarede caiu com a gaiola e a porta se abriu e o rato fugiu e desapareceu no
corredor. Ele também lembrou que Matusalém também estava lá e um gato e um rato
dividindo o mesmo espaço em busca de alimento dá pra imaginar o que aconteceu,
um foi a caça e o outro foi o caçador.
O
gene da tartaruga de Galápago se encontra agora em Matusalém, só pode ter sido
isso o que aconteceu. Jefté pegou Matusalém no colo e disse: meu velho, você
não vai viver o quanto o filho de Enoque viveu que foram novecentos e sessenta
e nove anos (Gn 5:27), mais vai viver duzentos anos como vivem as tartarugas de
Galápago.
Preciso
contar isso para Cainã essa novidade vai mudar tudo. A necessidade de contar a
nova pra Cainã o fez relaxar na vigilância essa novidade jamais poderia ser
dita por telefone, mas pessoalmente. Ele ligou e contou o que tinha acontecido
o que fez Cainã vibrar de alegria e disse: vou gora mesmo na sua casa olhar
esse gato e traçar novas metas pro nosso projeto que estava morto, mas
ressuscitou graças a esse gato. Me aguarde!
Do
outro lado da linha Lameque vibrou muito mais do que eles e disse: Homens eu
sou semelhante a uma águia quando dou um voou rasante a presa não me escapa.
Acabei de pegar o Jefté, vamos à casa dele hoje a noite e roubar o seu gato.
Seus homens disseram numa só voz: É nós chefe! Pv. 1:19 diz: São assim as
veredas de todo aquele que usa de cobiça: ela põe a perder a alma dos que a
possuem.